Ator multitalentoso, Claudio Lins se aventura pela música, cinema e TV
Filho de nomes consagrados, ele seguiu a carreira dos pais e vive um momento fértil na profissão: protagoniza novela, tem disco recém lançado e dois filmes prontos para sair
Claudio Lins não tinha opção. E nem precisava de alternativas. Desde pequeno, sua veia artística falou mais alto. Filho de nomes consagrados da nossa cultura popular, o cantor e compositor Ivan Lins e a atriz e cantora Lucinha Lins, ele seguiu a mesma carreira dos pais, estreou nos palcos aos 11 anos de idade e vive, hoje, um dos melhores momentos de sua vida profissional.
Aos 37 anos, Claudio é protagonista do remake Uma Rosa com Amor, do SBT, tem um disco recém lançado, Cara, pela Biscoito Fino, e dois filmes prontos para estrear: Teus Olhos Meus, de Caio Soh, onde interpreta um homem traído por seu namorado, e o premiado documentário Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, que tem como tema uma canção sua e de Cláudio Tovar.
“É um momento feliz. Ser protagonista do SBT tem sido muito gratificante. É um personagem diferente, que tem sotaque. A gente tem comédia, humor. E o público tem reconhecido isso de uma maneira muito coerente. Vejo isso devido às novas tecnologias. Sou um twitteiro. Então, tenho um contato muito direto com boa parte das pessoas que assistem à novela. Enfim, é incrível. Agora que a trama acaba, vou ter uma folguinha e mais tempo para trabalhar o CD”, vibra ele, que tenta conciliar a carreira de cantor com a de ator.
“Às vezes dá, às vezes não dá (risos). A gente geralmente consegue se organizar, mas por ser protagonista, isso deixou meu tempo bem mais apertado para show. Tenho que balancear o que é prioridade no momento”, conta o também diretor e compositor.
TV, teatro e cinema
Em Uma Rosa com Amor, Claudio Lins vive o empresário francês Claude Antoine, seu quarto papel de protagonista na TV. Ele contracena com Carla Marins, que interpreta a romântica Serafina Rosa. Os dois já viveram um par romântico na primeira novela estrelada pelo ator, História de Amor, da Globo. Para viver o personagem, ele contou com aulas de francês e trabalhou ao lado de uma fonoaudióloga.
“Não tive uma inspiração. Tive referências. A gente pesquisou alguns franceses. Achamos vários na internet. Olivier Anquier foi uma deles. Sem querer comparar, ele tem a ver com meu físico. A gente queria que ele tivesse um sotaque francês, mas que as pessoas pudessem entender o que ele estivesse falando”, explica Claudio, que ainda teve referências cinematográficas como Hugh Grant e Cary Grant.
Galã?
Apesar de todo assédio do público, o ator não se considera um galã. Ele, que também já participou de peças teatrais como o musical Gota D’Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, acha divertido esse título.
“É engraçado. Não sei se tenho esse rótulo ou não. Sinceramente, tenho minhas dúvidas de que existe esse rótulo para mim. Uso muito o twitter, como disse, e recebo muitos recadinhos como ‘você é lindo’. Mas tem muito recado falando do meu trabalho como ‘você é bom ator’, ‘eu me divirto vendo seu trabalho’. E isso tudo me coloca mais como ator do que como galã. E isso é gratificante. Não estou de maneira nenhuma negando o galã. Mas consigo perceber que o meu trabalho tem ido além”, acredita Claudio, que aguarda o lançamento do filme Teus Olhos Meus, em que interpreta um jovem homossexual.
“Gravei o filme ano passado. Faço um homem sofisticado, porém ciumento e que tem um parceiro. É um casal de homossexuais. Ele fica ciumento a ponto de colocar fogo nas coisas. Fica enlouquecido”, diz o carioca, que ainda apresentou, entre 2001 e 2002, o programa musical A vida é um show, da TVE - Rede Brasil.
Relação com a música é íntima
Paralelo à carreira na TV, Claudio Lins continua sua trajetória musical. Dez anos após lançar seu primeiro disco solo, Um, em 1999, ele lançou seu mais recente CD, Cara. O trabalho apresenta composições próprias e parcerias com Ivan Lins, Ronaldo Monteiro de Souza, Marcio Guimarães e Carlos Careqa, além de participações especiais de Luciana Mello, Pedro Mariano e Lucinha Lins.
Uma das faixas do novo disco, Cupido, está na trilha de Uma Rosa com Amor. Sempre que pode, o artista dá uma pausa para compor.
“A inspiração vem em qualquer lugar e a qualquer hora. É claro que para finalizar uma música, é preciso também do tempo, do silêncio. Geralmente até a solidão é necessária. Mas a faísca da inspiração pode vir a qualquer momento”, afirma.
Filho de famosos
Ser filho de artistas renomados não é tarefa fácil. A cobrança pelo desempenho nos palcos é ainda maior pela crítica e até mesmo pelo público. Mas isso nunca chegou a ser um peso na vida de Claudio Lins. Pelo contrário, é um orgulho ter como pais Ivan Lins e Lucinha Lins.
“Olha... sempre fui filho deles. Nunca não fui filho deles. Isso pra mim é uma coisa normal (risos). Nunca pesou. As pessoas perdem a questão da comparação vendo o meu trabalho. Mas faz parte do processo”, analisa o artista, que gosta de ter Ivan e Lucinha como parceiros em seus trabalhos.
“É muito gostoso, prazeroso, sem estresse. É sempre uma extensão da nossa atividade caseira. É um bate-papo, um assunto que a gente já conhece. Trocamos muito conselhos. A minha relação com meu pai é um pouco diferente da minha mãe pelo fato dele viajar bastante, de estar muito ausente. Mas temos uma sintonia grande, o que é bacana. Quando conseguimos conciliar nossas agendas, sempre nos encontramos. Hoje em dia não é só eles que têm suas agendas. Agora, também tenho e nem sempre elas batem”, relata.
Fonte: O Fluminense
0 comentários:
Postar um comentário